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Congresso Todos Juntos Contra o Câncer

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Última atualização em 3 de dezembro de 2020

Congresso promove discussão entre líderes da saúde para melhorias necessárias na Oncologia brasileira

Nos dias 27 e 28 de setembro, em São Paulo, acontece o 3º Congresso Todos Juntos Contra o Câncer. O objetivo é discutir a política nacional de prevenção e controle do câncer. Além de apresentar os desafios hoje enfrentados por quem ingressa o tratamento no sistema público e privado de saúde.

Participam do evento aproximadamente 2500 líderes do seguimento. Entre eles gestores, médicos, profissionais da saúde, sociedades científicas, ongs, ativistas, advogados e jornalistas atuantes na Oncologia.

Os temas estão estruturados em cinco principais pilares: prevenção, tratamento, gestão, financiamento e inovação. Ao todo serão 132 palestrantes e 26 paineis de debate, moderados por renomados jornalistas.

Para a plenária de abertura confirmaram participação Alexandre Padilha, José Agenor Alvares e José Temporão, ex-ministros da Saúde que irão debater soluções para contornar a crise no setor, considerando a limitação dos recursos.

A seguir, listamos os temas que serão abordados no evento.

 

Dia 27 – Evitar Tratar Curar

Organização: Instituto Vencer o Câncer e Centro Oncológico Antonio Ermírio de Moraes

Democratizar o tratamento do câncer no Brasil não parece ser uma tarefa fácil. Mas sem sombra de dúvidas é algo urgente. Embora os avanços da ciência já estejam trazendo grandes possibilidades aos pacientes, incluindo qualidade de vida e a cura da doença, sabemos que esta ainda não é uma realidade acessível a todos os brasileiros.

Dr. Antonio Buzaid, Fundador do Instituto Vencer o Câncer, membro do Comitê diretivo do  Hospital Israelita Albert Einstein e  Diretor Geral do  Centro Oncológico Antonio Ermírio de Moraes – Beneficência Portuguesa de São Paulo;  o Dr. Fernando Maluf, oncologista Fundador do Instituto Vencer o Câncer, membro do Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital São Jose  e  Centro Oncológico Antonio Ermírio de Moraes – Beneficência Portuguesa de São Paulo e; Dr. Phillip Scheinberg, membro do Conselho Científico do Instituto Vencer o Câncer e coordenador da Hematologia Clínica no Hospital São José-Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo falam sobre este tema e trazem para a discussão convidados especiais: Fernando Rocha e Mariana Ferrão, apresentadores do Bem-Estar (Rede Globo).

 

O que os pacientes precisam saber sobre medicamentos biológicos e biossimilares?  

Organização: Global Colon Cancer Association e The Alliance for Safe Biologic Medicines

Todos os medicamentos biológicos de referência são criados a partir de organismos vivos, com moléculas extremamente complexas. Após alguns anos, os laboratórios responsáveis perdem suas patentes, mas ainda assim não são obrigados a revelar sua fórmula.

Com isso, os laboratórios interessados em produzir um medicamento biossimiliar fazem um processo de engenharia reversa. Isso significa que, será necessária uma análise da molécula já existente para que descubram como foi produzida.

Um medicamento biossimiliar não é uma cópia idêntica da droga de referência. No Brasil, a resolução que regulamenta as normas para a aprovação destes medicamentos é a RDC nº 55/2010, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Ela diz que devem ser apresentados, dentre outros requisitos, estudos comparativos entre o biossimilar e o produto biológico, contendo informações suficientes para identificar se as diferenças detectadas nos atributos de qualidade entre os produtos resultam em impactos adversos na segurança e eficácia do biossimilar.

 

Mitos e verdades em mapeamento genético: um novo olhar para prevenção, diagnóstico e tratamento       

Organização: Lado a Lado pela Vida

O mapeamento genético pode auxiliar no diagnóstico muito precoce de uma condição de saúde, como o câncer, além de disseminar sua importância em fornecer evidências sólidas de que uma doença hereditária está ligada a um ou mais genes.

Desde o caso da atriz Angelina Jolie, que ao realizar seu mapeamento genético descobriu que no futuro teria câncer de mama, a demanda por mapeamentos genéticos cresceu em progressão geométrica em todo o mundo. Com o aumento da procura evoluíram também as formas de mapear os genes; os métodos de sequenciamento de DNA estão cada vez mais precisos, mais rápidos e, principalmente, muito mais baratos. Mas como funciona no Brasil? Esse e outros assuntos serão discutidos neste painel.

 

Pesquisa clínica no Brasil e a inclusão de novos medicamentos no âmbito do sistema público de saúde

Organização: AFAG (Associação dos Familiares, Amigos e Portadores de Doenças Graves) e Casa Hunter

A demora na liberação de medicamentos e na aprovação de pesquisas clínicas está entre os principais entraves para tratamentos de doenças graves no Brasil. De norte a sul quando a pauta entre os pesquisados é avanço dos estudos, a palavra burocracia no discurso é uma unanimidade para explicar o atraso na pesquisa clínica no âmbito internacional.

Em agosto de 2015 um grupo de 44 pesquisadores publicou uma carta aberta à presidente Dilma Rousseff, pedindo um amplo debate para estabelecer novas normas que possam garantir mais liberdade científica nos estudos realizados com pacientes humanos.  A carta manifestava o descontentamento dos pesquisadores com as imposições dos órgãos reguladores que penalizam a pesquisa clínica, submetendo cientistas e pacientes a prazos e preconceitos há muito tempo superados em outros países.

A burocracia também é um problema que afeta diretamente milhares de pacientes quando tratamos de inclusão de novas terapias no âmbito do sistema público de saúde. O Ministério da Saúde, por meio de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, engessa o acesso de muitos pacientes não contemplados e preocupa médicos com a quantidade de exigências e imposições para prescrição.

Este painel propõe reunir representantes dos órgãos reguladores, pesquisadores, pacientes e indústria para traçar um cenário sobre a realidade da pesquisa clínica no Brasil e inclusão de novos medicamentos no âmbito do Sistema Público de Saúde e propor soluções inteligentes para vislumbrar um cenário mais positivo no futuro.

 

Barreiras enfrentadas no acesso ao tratamento, incluindo às drogas inovadoras

Organização: Abrale

O gasto do Ministério da Saúde com tratamentos contra câncer cresceu 66% nos últimos cinco anos, saltando de R$ 2,1 bilhões em 2010 para R$ 3,5 bilhões em 2015. O montante inclui recursos para procedimentos como cirurgias oncológicas, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e cuidados paliativos.

Também cresceu, no período analisado, o número de pacientes com câncer atendidos no Sistema Único de Saúde (SUS). Nos últimos cinco anos, o volume de pessoas em tratamento na rede pública passou de 292 mil para 393 mil.

Os números são reflexos do aumento de casos de câncer no País nos últimos anos e do lançamento de novas terapias e medicamentos de alto custo contra a doença. Mas, muitos desses novos medicamentos são incorporados antes na rede privada e somente muito tempo depois na rede pública. Em alguns casos, muitos anos depois…

 

Rede de atenção para pessoas com câncer colorretal   

Organização: Global Colon Cancer Association

O câncer colorretal, em sua grande maioria, desenvolve-se a partir de pólipos intestinais. Os pólipos são lesões benignas, que crescem na parede do cólon. E, quando associados a modos de vida não saudáveis e predisposição genética, podem, com o passar do tempo, transformar-se em câncer.

Os fatores de risco para o seu surgimento são:  fumar; consumir bebidas alcoólicas em excesso; ter sobrepeso ou obesidade; consumir alimentos com alta densidade energética e carnes vermelhas; consumir carnes preparadas na chapa ou na forma de fritura, grelhado ou churrasco; consumir pouca quantidade de frutas, legumes, verduras e cereais integrais; e ser sedentário.

Embora muitas campanhas informativas sejam realizadas, de acordo com os dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), em 2016 serão mais de 34 mil novos casos diagnosticados. Por isso, a discussão será baseada em compreender como educar a população para que hábitos como estes sejam desestimulados.

 

Práticas integrativas no SUS (tratamentos complementares)

Organização: AEMK (Associação Estevam e Maria Kovacsik)

Antes de tudo é importante entender o que fundamenta as práticas integrativas em saúde. Este campo contempla sistemas médicos e recursos terapêuticos que envolvem abordagens com o objetivo de estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação dos indivíduos por meio de mecanismos eficazes e seguros.

Com a publicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, a homeopatia, as plantas medicinais e fitoterápicas, a medicina tradicional chinesa/acupuntura, a medicina antroposófica e o termalismo social-crenoterapia, as principais práticas integrativas, foram institucionalizadas no SUS.

Mas essas atividades têm funcionado no sistema público de saúde? A população como um todo sabe que tem direito a esse serviço? Dúvidas como estas serão respondidas durante o 3º Congresso Todos Juntos Contra o Câncer.

 

Fertilidade e Oncologia – Vamos conversar?

Organização: Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia)

Construir uma família e ver crianças correndo pela casa é, com certeza, o sonho de muitos. Mas se por um lado podemos comemorar o fato de que tratamentos como quimioterapia e radioterapia hoje garantem boa chance de cura, por outro, infelizmente podem causar infertilidade em homens e mulheres.

Claro, tudo irá depender da idade do paciente, da situação clínica, e de quais medicamentos se faz uso. E por isso é essencial que o médico informe, logo após o diagnóstico, esta situação.

Com os avanços na ciência, hoje é possível preservar a fertilidade por meio da criopreservação (ou congelamento) do sêmen e dos óvulos/tecido ovariano, além da transposição ovariana, quando há o deslocamento cirúrgico dos ovários para uma área que não receberá radioterapia.

Neste painel, conversaremos sob o ponto de vista do oncologista, do fertileuta e dos pacientes, sobre como enfrentar o tratamento do câncer e ainda preservar a fertilidade.

Vamos conversar?

 

Dia 28 de setembro, quarta-feira

Jornada do Paciente com Câncer (Colo do Útero)

Organização: Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica

De acordo com as estimativas do INCA (Instituto Nacional de Câncer), em 2016 mais de 16 mil mulheres serão diagnosticadas com câncer do colo do útero. Este é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

Causado pela infecção persistente por alguns tipos (chamados oncogênicos) do Papilomavírus Humano –  HPV, a infecção genital por este vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, podem ocorrer alterações celulares que poderão evoluir para o câncer.

Tais alterações são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Mas, infelizmente, nem todas as mulheres têm essa informação e se previnem.

O Governo Federal, em parceria com o Ministério da Saúde, realiza campanhas que disseminam a importância da vacinação contra o HPV. Mas é importante analisar de forma ampla as diferenças culturais e socioeconômicas existentes entre as regiões do país, para que a informação realmente chegue a todas as mulheres e faça a diferença necessária.

 

Humanização, cuidados paliativos e dor oncológica

Organização: Abrale e Viva e Deixe Viver

Inicialmente, os cuidados paliativos foram pensados apenas para o tratamento oncológico, mas hoje englobam qualquer doença que ameace a vida por ser progressiva ou até mesmo incurável.

É preciso desmistificar a ideia que cuidados paliativos só devem ser empregados quando não há mais possibilidade de tratamento e o paciente estiver em condição de terminalidade. Seu principal conceito é promover a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares por meio de prevenção e alívio do sofrimento.

São várias as formas de tornar essa situação o mais confortável possível ao paciente e aos seus entes queridos. A humanização no tratamento está justamente na maneira como a equipe avalia e aplica o plano terapêutico nos campos emocional, físico, cultural, social e até mesmo espiritual, afinal, todas essas áreas devem estar em harmonia para que o paciente se sinta bem.

Neste debate, serão apresentados importantes aspectos, como o papel dos profissionais no planejamento e execução dos cuidados, as necessidades nutricionais os desejos dos pacientes e a importância do carinho, entretenimento e educação durante o tratamento do câncer.

 

Experiência do paciente além do tratamento  

Organização: Hospital Albert Einstein

O câncer engloba diferentes tipos de tumores, e seus tratamentos variam de acordo com a origem da célula, subtipo e o estágio em que se encontra a doença. Por isso, será necessário o envolvimento de diversos profissionais, de variadas áreas.

A Equipe Multiprofissional, formada por oncologistas, cirurgiões, radioterapeutas, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, radiologistas, patologistas e especialistas em cuidados paliativos atende o paciente de maneira ampla, possibilitando um diagnóstico e tratamento mais efetivos.

Este painel irá abordar a importância do trabalho em conjunto, entre profissionais e pacientes, tanto para os melhores resultados, quanto também para facilitar a adesão à terapêutica, além de mostrar como a multidisciplinaridade vem acontecendo na Oncologia nacional.

 

O futuro promissor para o transplante com células-tronco

Organização: ABCCT

Várias famílias se perguntam se “vale a pena” armazenar as células-tronco do cordão umbilical. O assunto levanta, muitas vezes, opiniões divergentes na comunidade científica. Este debate normalmente se caracteriza pela pouca transparência e ausência de fatos concretos, o que contribui em muito para dificultar as famílias a tomarem uma decisão informada sobre um tema em si já complexo. Hoje em dia, mais de 99% dos cordões umbilicais são infelizmente descartados como lixo hospitalar.

O armazenamento público de células-tronco do cordão umbilical conta com aproximadamente 600.000 armazenadas no mundo. Trata-se de um importante programa de saúde pública que armazena amostras para um possível transplante de medula. Dessas amostras, mais de 175 já foram identificadas e usadas em transplantes.

O serviço de armazenamento privado de células-tronco do cordão umbilical conta com aproximadamente 4 milhões de amostras armazenadas em 86 países no mundo, estando disponível nos EUA desde 1989, na Europa desde 1997 e no Brasil desde 2001. Destas amostras, 500 foram utilizadas em transplantes para tratar principalmente leucemias, anemias graves e talassemia, e outros 600 casos em infusões experimentais autólogas, a maioria dentro de ensaios clínicos.

 

Advocacy (mobilização política) – Como gerar maior engajamento numa causa pública

Organização: Cause

Conscientizar, engajar e mobilizar pessoas para causas de interesse público é um grande desafio, mas que promove grandes mudanças.

Com este painel, queremos garantir que grandes causas e movimentos da sociedade tenham o impacto necessário, e modifiquem a vida das pessoas.

A ideia é compartilhar como organizações de diferentes áreas de atuação militam em torno de uma causa. Para esse debate, a CAUSE trará convidados com experiência em advocacy em áreas da saúde, desenvolvimento sustentável e primeira infância.

 

Crise financeira – Planos de Saúde x SUS 

Organização: Abrale

Hoje cerca de 51 milhões de pessoas são beneficiárias dos planos de saúde. O acesso  melhorou muito depois do ano 2000, com a criação da ANS (Agência Nacional de Saúde). Porém, ainda enfrentamos várias inequidades como: a análise de incorporação de medicamentos e procedimentos que acontece a cada dois anos, a cobertura da quimioterapia oral que só ocorre para oncológicos, como também a necessidade da tecnologia ser analisada e aprovada pela CONITEC/SUS.

Outro ponto que vem desiquilibrando a saúde no Brasil é a sustentabilidade das operadoras de saúde. Com a crise política e econômica, muitos segurados ficaram descobertos e estão procurando a saúde pública.

Dessa forma, esse painel tem como objetivo discutir e levantar soluções que garantam maior acesso aos segurados e encontrar a melhor maneira de enfrentar a grave crise econômica que assola as operadoras de saúde.

 

Tratamento do Câncer da Mulher na América Latina

Organização: FEMAMA

Serão diagnosticados cerca de 70% novos casos nos próximos anos na África, Ásia e na América Latina. A nossa região (latino-americana) carece de recursos adequados para enfrentar esta epidemia, uma vez que se estima 21 milhões de novos casos de câncer em 2030, dos quais uma grande parte será diagnosticada na América Latina.

Países com cobertura universal de saúde gastam em média 8,2% do seu Produto Interno Bruto (PIB), enquanto em nossos países esse número cai para 3,5% do PIB. Outros desafios são acesso a serviços de saúde, aumento do controle epidemiológico, colocação de recursos humanos, desigualdade e iniquidade na saúde e melhor gestão e financiamento.

Políticas públicas são necessárias para permitir o acesso que será, fundamental para diminuir as taxas de mortalidade.

 

Novas tendências de educação e monitoramento de dados

Organização: Abrale e Arte Despertar

Capacitar os profissionais da saúde é tarefa fundamental para prover um atendimento humanizado e de qualidade nos hospitais. É importante que todos entendam qual seu papel na instituição, oferecendo o seu melhor pelo paciente e por seus colegas de trabalho.

Em um cotidiano corrido, renovar o conhecimento parece algo difícil. Mas o Ensino à Distância (EAD) veio para mudar esta situação. Discutiremos como estender as iniciativas da educação permanente para além das habilidades técnicas e ampliar o alcance das tecnologias através do ensino à distância.

 

Teoria “Reserva do Possível” x Efetivação do Direito à Saúde

Organização: Abrale

A judicialização da saúde é fenômeno muito utilizado pelos cidadãos brasileiros que sofrem com a falta de assistência. Mas isso vem causando prejuízos enormes aos cofres públicos e provocando desigualdades sociais.

A teoria da “Reserva do Possível” visa a efetivação dos direitos sociais frente à razoabilidade da universalidade das prestações exigidas, sem desconhecer dos recursos financeiros disponíveis.

Mas como conseguir esse equilibro? Afinal, temos de um lado a efetivação dos direitos sociais e do outro, os recursos financeiros disponíveis. Essas e outras questões serão debatidas, e esclarecidas, no painel.

 

Doenças onco-hematologicas – Como gostaríamos de tratar

Organização: Hospital Albert Einstein

Apesar de um avanço considerável na infraestrutura, conhecimento técnico adquirido, novos testes diagnósticos, medicamentos específicos, pesquisa clínica e melhora da regulação ainda há muito a se conseguir na área da hematologia. Como em todas as áreas da medicina, há discrepâncias regionais na distribuição de recursos técnicos, materiais e humanos nas várias regiões do país e mesmo nos grandes centros.

Consideramos mais grave ainda a falta de equidade no tratamento entre as diversas camadas sociais. Basta se dizer que medicamentos já aprovados no Brasil há mais de 15 anos e com indicações precisas em determinadas doenças ainda não são disponíveis para grande parte dos pacientes do sistema público. Um dos mais importantes é o uso do Rituximab em leucemia linfocitica crônica que impacta nas taxas de resposta e sua duração nestes pacientes.

Por outro lado, nos deparamos com ameaça de desabastecimento de drogas ainda fundamentais no manuseio do paciente. Vivemos há pouco tempo problemas com a Asparaginase, importantíssima na leucemia linfocítica aguda e agora os vivenciamos com Melfalano, usado no mieloma múltiplo e Clorambucil, medicamento ainda útil em leucemia linfocitica crônica e usado há mais de 40 anos. Inúmeros exemplos de testes diagnósticos novos, procedimentos importantes e medicamentos não incorporados no SUS ou mesmo na Agência Nacional da Saúde impactam na qualidade de atendimento e sobrevida de nossos pacientes. Alguns importantes ainda nem aprovados para uso no Brasil.

Tudo isto leva à chamada judicialização, que em muitos casos se dá em exagero por vários motivos. Há que se equacionar tudo isto em benefício da boa prática médica, do uso adequado dos recursos e principalmente em benefício do paciente. Tudo isto por si só justifica a proposta deste simpósio idealizado pelos profissionais da hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein.

 

Propriedade Intelectual / Patentes x Acesso Universal de Medicamentos    

Organização: Abrale e ACT(Aliança de Controle do Tabagismo)

O painel pretende discutir de forma simples e mobilizadora a visão e o trabalho de grupos da sociedade civil organizada em temas que envolvem a discussão sobre direito à saúde e os direitos ao livre comércio, como regras comerciais, patentes farmacêuticas, acesso a medicamentos, preço e custo de medicamentos e dever de proteção à saúde.

Além disso, serão apresentados casos específicos de medicamentos para HIV (Aids), câncer e hepatites por especialistas no tema e representantes de organizações de pacientes.

 

Câncer de cabeça e pescoço

Organização: Associação Câncer Boca e Garganta

Tumor de cabeça e pescoço é a denominação genérica de tumores que se originam de várias regiões das vias aéreo-digestivas, como boca, língua, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe (onde é formada a voz), seios paranasais. É um problema de saúde pública em todo mundo, com cerca de 500 mil novos casos diagnosticados a cada ano.

No Brasil, essa realidade não é diferente, o câncer de boca chega a ser o 4º tipo de tumor mais frequente em algumas regiões do país, ocorrendo 3 vezes mais em homens do que em mulheres. A maioria é diagnosticada já em fase avançada da doença (60% dos casos), o que impacta negativamente na sobrevida do paciente. Nas últimas décadas percebe-se que a faixa etária dos indivíduos diagnosticados com tumores de boca e garganta reduziu significativamente. Além disso uma outra mudança também ocorreu no gênero desses pacientes, com um aumento grande no aparecimento em mulheres jovens.

A maioria numa fase produtiva de vida e que perde a capacidade de comunicar-se e/ou alimentar-se normalmente, provocando um isolamento e exclusão não só social como também profissional restrigindo o convívio com terceiros.

O câncer de cabeça e pescoço, independentemente da modalidade terapêutica escolhida: cirurgia, radio e/ou quimioterapia, causa sequelas psicológicas e anato-funcionais irreversíveis para qualidade de vida do paciente. Por isso, entender esta realidade e discuti-la é de extrema importância para o paciente e sociedade como um todo.

 

III Simpósio de Reabilitação Oncológica

Em meados de 2012 o Comitê de Fisioterapia da ABRALE iniciou suas atividades, desde então vem buscando contribuir com o compromisso da associação de promover humanização no tratamento e melhorar a qualidade de vida de pessoas com câncer de sangue no Brasil.

A fisioterapia vem desempenhando um importante papel no atendimento de pacientes com câncer no sangue, prevenindo ou minimizando as sequelas advindas dos agressivos tratamentos oncológicos.

Nesse contexto, acreditamos que a educação e informação são importantes ferramentas contra a doença e visando capacitar os profissionais para realizarem um atendimento de excelência.

Com imensa alegria realizaremos o III Simpósio de Reabilitação Oncológica da ABRALE. E este ano com a novidade de um Workshop pré-simpósio sobre sexualidade e câncer.

Reunimos profissionais experientes das maiores instituições do país para discutir o que há de atual no atendimento fisioterapêutico onco-funcional e consequentemente melhorar o suporte oferecido pelos fisioterapeutas aos seus pacientes.

Incansavelmente iremos desenvolver de acordo com a visão e missão da ABRALE projetos como este, pois acreditamos que TODOS JUNTOS CONTRA O CÂNCER, podemos vencer os desafios.


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