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Anvisa aprova primeiro tratamento no Brasil para um tipo específico de câncer de sangue

Além da nova aprovação para o tratamento de macroglobulinemia de Waldenstrom para pacientes que receberam ao menos um tratamento anterior, ibrutinibe já conta com registros no país para outros dois tipos de cânceres de sangue: a leucemia linfocítica crônica e o linfoma de células do manto, também para pacientes que receberam ao menos um tratamento.

 

São Paulo — Entre os tipos de câncer de sangue mais comuns estão os Linfomas não-Hodgkin, que compreendem várias doenças diferentes, incluindo a macroglobulinemia de Waldenstrom (MW)1. De nome complicado, a MW é um tipo raro de câncer de sangue, com desenvolvimento lento, que começa em um tipo de células brancas na medula óssea – células linfoplasmocíticas, subtipo de células B. Uma das funções das células B é a produção de anticorpos, que ajudam o corpo a lutar contra infecções. Na MW existe uma produção aumentada de anticorpos anormais (monoclonal) do tipo IgM. A doença se inicia com uma alteração maligna nas células B durante sua maturação, de modo que continue a reproduzir mais células B malignas, resultando assim em uma produção excessiva de anticorpo monoclonal IgM.2

Tipicamente, os pacientes são diagnosticados após desenvolverem sintomas associados aos linfomas não-Hodgkin como anemia, fadiga, perda de peso, febre, aumento dos gânglios linfáticos e sudorese noturna ou sintomas relacionados ao excesso de IgM no sangue3. Nos Estados Unidos, existem entre 1000 e 1500 casos da doença a cada ano, com uma idade média de diagnóstico de 60 a 70 anos e média de sobrevida de 5 a 10 anos2-4. Não há dados brasileiros sobre a doença, mas dados da União Europeia mostram que a prevalência estimada da doença é de cerca de 0,8 pessoa/100.000 habitantes.5-6.

Apesar de ser conhecida há mais de 70 anos, mundialmente, os pacientes que sofrem desta doença não contavam com nenhum tratamento aprovado para este tipo específico de câncer. Como opção, eram utilizadas terapias para tipos similares como quimioterapia, terapias biológicas, agentes imunomoduladores e inibidores de proteassoma; o transplante de medula óssea pode ser indicado em casos selecionados.

A recente aprovação de ibrutinibe com priorização de análise pela ANVISA para o tratamento da MW representa um marco e esperança na vida destes pacientes. Além de ser o primeiro medicamento aprovado no Brasil para o tratamento específico desta doença em pacientes que já receberam ao menos um tratamento anterior, a terapia oferece também uma maior sobrevida aliada à qualidade de vida.

O ibrutinibe é uma terapia-alvo oral, administrada uma vez ao dia que, por interferir diretamente nos mecanismos que causam a doença, apresenta alta efetividade, causando eventos adversos manejáveis.

O estudo — Dados do estudo clínico de Fase II do Dana-Farber Câncer Institute publicados no New England Journal of Medicine em 2015 demonstraram que os pacientes com MW previamente tratados com mediana de tratamento com ibrutinibe de 19,1 meses apresentaram 90,5% de resposta, sendo 73% de resposta parcial (incluindo 15,9% de resposta muito boa).7

O medicamento também está aprovado no Brasil para o uso em outros dois tipos de malignidades de células B, para pacientes que tiveram recaída ou não responderam a tratamentos anteriores: a leucemia linfocítica crônica (LLC) ou linfoma linfocítico de pequenas células (LLPC) e o linfomade células do manto (LCM).8 O medicamento atua como inibidor da tirosina quinase de Bruton (BTK), uma proteína diretamente ligada à proliferação e sobrevivência das células envolvidas pela doença.7 Em estudos clínicos recentes, o uso do medicamento prolongou significativamente a sobrevida livre de progressão de pacientes, reduzindo o risco de progressão ou morte em 90% para pacientes de LLC e em 57% para pacientes de LCM.9-10

Sobre a macroglobulinemia de Waldenstrom (MW) — A macroglobulinemia de Waldenstrom (MW), é um tipo de linfoma não Hodgkin, que começa nas células B (células linfoplasmocíticas), um tipo de célula branca2. As células do MW produzem grandes quantidades de um tipo de anticorpo chamado imunoglobulina M (IgM)2. Os pacientes de MW normalmente são diagnosticados depois de desenvolver sintomas associados à doença como anemia, fadiga, problemas de visão e sudorese noturna e/ou sintomas relacionados aumento da imunoglobulina M (IgM), como crioglobulinemia, síndrome de aglutinina fria, neuropatia desmielinizante e hiperviscosidade sintomática3.

O ibrutinibe — Ibrutinibe funciona bloqueando uma proteína específica chamada tirosina quinase de Bruton (BTK).7 A proteína BTK transmite sinais importantes que dizem às células B para amadurecer e produzir anticorpos e está envolvida na multiplicação e propagação de células neoplásicas específicas.7 O ibrutinibe bloqueia a BTK, inibindo a sobrevivência da célula neoplásica e sua replicação7.

Além da nova aprovação para a indicação de MW, o medicamento já conta com registros no Brasil para outros dois tipos de cânceres de sangue: a leucemia linfocítica crônica e o linfoma de células do manto.

 

Fonte: Portal Fator Brasil | Notícias

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